A economia colonial

22/04/2022

Gabriela Eleuterio é graduanda em História pela Unicentro, Campus Santa Cruz

A contar dos anos finais do século XV a África entrou, na economia mundial como que em uma divisão periférica e dependente da Europa (RODNEY, 2010), sendo que até a invasão europeia os africanos detinham o controle sobre as atividades econômicas do continente. O controle estrangeiro sobre a economia Africana se instalou paulatinamente a partir da inserção do sistema colonial que atingiu seu ponto alto na década de 30 através da apropriação violenta de terras e a submissão das forças de trabalho humano e os meios de produção a serviço dos europeus.

As relações econômicas coloniais no século XIX se configuraram como em dominação e submissão da parte dos europeus com relação aos africanos. Até a Primeira Guerra Mundial o crescimento econômico africano ocorreu de forma lenta, contudo, no setor de importação e exportação foram registrados níveis mais elevados constituindo-se como elemento básico da economia colonial.

Em geral, a expansão do intercâmbio voltava-se para produtos tradicionais ao comércio de meados do século XIX, que não eram muito diferentes daqueles produtos intercambiados na época do tráfico de escravos (RODNEY, 2010).

A mobilização de mão de obra se consolidou através de trabalho forçado e escravidão, não desempenhando atração sobre a mão de obra através de bons salários ou maior poder de compra. Em razão da forte e justa oposição africana, a expropriação de terras e a tributação foram meios de forçar os africanos a trabalhar e produzir mercadorias para o comércio europeu. O trabalho forçado e diferentes formas de escravidão marcaram a economia colonial na África.

Referência

RODNEY, Walter. A economia colonial. In: BOAHEN, Albert Adu (Ed). História Geral da África, VII: África sob dominação colonial, 1880-1935. Brasília: UNESCO, 2010. p.377-399.

© 2018 PROJETO ÁFRICAS.
Desenvolvido por Webnode
Crie seu site grátis! Este site foi criado com Webnode. Crie um grátis para você também! Comece agora